quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre ser livre...

E aí chegam as noites sem dormir...

Aliás, chegam as noites em que converso com alguns dos meus melhores amigos, depois uns papos no msn, seguidos de leitura.
Eu não sei porque ainda leio a Clarice antes de dormir... ela me faz chorar, pensar, chorar de novo e aí não durmo.

Certo, acabei mais um da Clarice e comecei a ler um livro novo aí que o vendedor da Siciliano disse que eu ia amar... (É, de tanto ir lá, o vendedor da Siciliano sabe o que eu gosto de ler tanto quanto a minha " babá" sabe o que eu gosto de comer.)
E aí, o carinha que escreveu o livro fica sempre perguntando: " Se Lily é assim tão livre, por qual motivo ela não tem um namorado? " Aí, eu pensei que era justamente por isso... vai ver que justamente por ela ser livre, não conseguia se prender a ninguém!

Bom, lá fui eu... pensar em liberdade ao invés de contar carneirinhos e me preparar pra dormir...
Cheguei à conclusão de que quanto mais eu creci, mas dependente eu fiquei. Dependente de mim mesma, dos meus sonhos, dos meus planos... Alguns dizem que eu sou muito exigente comigo mesma... outros que eu me cobro demais e me penalizo demais quando as coisas não dão certo. Não sei até onde isso é bom ou ruim.
O que eu sei é que quando eu me liberto de todas essas cobranças e resolvo ser alguém livre, eu me sinto tão bem...
Acho que estou mais livre, mesmo... Em comparação a antes, já fiz uma cena de um musical na beira da praia com meu melhor amigo só por estar me sentindo bem... Afinal, eu cantar em público? NUNCA!
Já dancei meu samba " de passista" ( rsrsrsrs) com direito a tudo que aprendi na Portela pra um monte de gente desconhecida ver... Ora, justo eu que não danço na frente das minhas melhores amigas!
Ou melhor, eu não cantava em público, eu não dançava na frente das meninas.
Agora eu sou mais livre, pelo menos nas horas em que eu me autorizo ser, nas horas que o trabalho não me deixa alguém neurótica ao ponto de nunca achar que está bom, mesmo sabendo que está bom...
É, a gente cresce e se acha livre, independente... mas, e quando os fantasmas da nossa cabeça são os nossos piores inimigos? É, sí, a gente não é livre...

Quanto ao namorado que o carinha do livro disse? Deixa eu achar um amor que me ajude a ser mais livre... só assim, só assim...

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